Programa Radical Life

O programa Radical Life deseja a todos, um ano novo repleto de paz , saúde, e muitas felicidades .

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

História do surf com Duke Kahanamoku,

Surfar consiste na arte de equilibrar-se de pé sobre uma prancha e deslizar sobre a superfície da água, sob a impulsão das ondas do mar. Técnica e academicamente, essa é a definição correta sobre essa arte e esporte, mas quem o pratica sabe que não é só isso. Surf é união com a natureza, consigo e com o divino. Esse sentimento está no coração e na alma de quem o pratica independente da idade e da época. Revoltados pela invasão e dominação, os havaianos entraram em sucessivas guerras contras os colonos, durante o inicio do século 20. Um dos pontos de vitória sobre esse império aconteceu nas proximidades de Waikiki, cidade localizada na ilha de Oahu, um homem sentido a falta de sua antiga pratica, pega sua "primeira" onda. Não religiosamente ou por trabalho, mas pelo puro prazer e saudade. 
A partir daí, todos os nativos e até filhos dos colonizadores começaram a surfar. Um deles, George Freeth, filho de um europeu com uma havaiana, que se destacou por surfar em pranchas menores, já que ele reduziu a sua de 16 pés pela metade, levou o esporte à Califórnia. O surf rapidamente virou mania nos Estados Unidos. Com o furor do esporte nas praias havaianas e norte-americanas, os salva-vidas foram extremamente necessários.

No Havaí, dois irmãos foram empregados nesse serviço. Um deles, chamado Duke Kahanamoku, destacava-se por sua habilidade no surf e na natação. Ele conseguia fazer manobras que outros não ousavam. As suas oito horas dentro da água lhe renderam as habilidades de ficar em pé de costa na prancha, ou seja, de frente pra onda, passar de prancha pra prancha, surfar acompanhado por cachorros e mulheres. Assim como Freeth, Duke fora levado para os Estados Unidos e, em 1912, foi escolhido para representá-los nas Olimpíadas em Estocolmo.

Após sua passagem pela Suécia, Kahanamoku foi a Austrália e visitando algumas praias locais, o havaiano começou a demonstrar a sua habilidade. Duke maravilhou os ausies, principalmente um garotinho chamado Claude West. Ele, além de se tornar um exímio competidor, ganhando por 5 anos consecutivos. Além disso, o garoto se dedicou a fabricação de pranchas, ele foi um dos primeiros a tentar produzir as shortboards, ou pranchinhas, que usamos hoje em dia. Contudo, em sua época não foi bem sucedido. 
Só após a Primeira Guerra Mundial é que as pranchas começaram a ficar mais leves, finas e longas, como as que West tentou fabricar. O responsável por isso foi Tom Blake. Como era salva-vidas, Blake costumava utilizar as pranchas no resgate, porém, achava-as muito pesadas. Tentando aprimorá-las, Blake conseguiu, após um mês de fabricação, uma prancha que, apesar de ter 15 pés, tinha uma largura de 04 centímetros por 19 de comprimento e pesava cerca de 50 quilos. As anteriores chegavam a pesar 100 quilos, além de serem bem mais largas. Mais tarde, ele conseguiu fabricar pranchas ainda mais leves.

Estamos chegando numa fase do surf, que deu origem a vários outros estilos de surf e competição. Essa é a parte em que os desbravadores do mar, buscam novas emoçõ
es e começam a caçar as grandes e temidas ondas, BigWaves. Mas, vamos deixar pra próxima ok?